Zé Carlos (PMN): “O MP tem que se ater à lei” (foto: Sandro Nascimento/Alep/divulgação)
Zé Carlos foi acusado no início de julho pela 6ª Promotoria de Justiça de Foz, junto com três assessores, de improbidade administrativa, por desvio de dinheiro público, em ação que cobra a devolução de R$ 563 mil aos cofres públicos. Segundo a ação, em fevereiro de 2012 foi constatado que a Câmara de Foz tinha mais do dobro de servidores comissionados em relação ao número de concursados. E muitos assessores, ao invés de prestar serviços ao Legislativo, atuavam como cabos eleitorais de Zé Carlos, fazendo assistencialismo em troca de votos. O vereador nega as acusações e garantem que seus assessores trabalham normalmente.
No início de agosto, promotores de Foz ajuizaram outra ação civil pública contra o ex-vereador e atual secretário de Comunicação Social da Prefeitura, Luiz Augusto Pinho de Queiroga, e outros três ex-assessores parlamentares por improbidade administrativa devido a desvio de dinheiro público em proveito dos réus. O MP também também pede o ressarcimento de quase R$ 389 mil aos cofres públicos no caso, semelhante ao do atual presidente da Câmara local.
Segundo a Promotoria, em fevereiro de 2011, os três assessores parlamentares de Luiz Augusto foram nomeados como assessores parlamentares pelo ex-vereador durante seu mandato, mas não exerciam atividades compatíveis às suas funções e compareciam poucas vezes à Câmara Municipal. Segundo a ação, os assessores desempenhavam atividades “eleitoreiras” em benefício do ex-vereador denunciado que são atribuições do Poder Executivo e não do Legislativo.
“O MP tem que se ater à lei e não chamar a imprensa e usar blogs para desmoralizar e achincalhar a imagem dos políticos em geral”, reclamou o presidente da Câmara de Foz, em discurso na tribunal da Assembleia ontem, pedindo aos deputados que apoiem a criação da CPI para investigar o órgão.
Zé Carlos também questionou os gastos efetuados pelo MP, com pagamento de gratificações e diárias de viagens. Segundo ele, o órgão teria gasto R$ 75,6 mil em passagens e pagamento de diárias a promotores e procuradores somente em junho. Matéria Bem Paraná.
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