segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pipa com cerol, brincadeira que pode matar



Vereador Paulo rocha quer proibir o uso de cerol na cidade, “quero proteger os iguaçuenses” disse o vereador.

 

Crianças e adolescentes aproveitam o período em que estão livres, para colorir o céu de Foz do Iguaçu com suas pipas. O problema é que muitas delas estão presas em linhas chilena ou contendo cerol. É aí que a brincadeira que deveria ser inocente pode se tornar fatal. “Meu filho entrou em casa com as mãos no pescoço chorando e dizendo ‘mamãe, eu vou morrer’. Foi desesperador”, lembra Roseli Miranda Costa.
 Seu filho, Matheus Henrique Costa, 6 anos, foi atingido por uma linha contendo cerol em  26 de julho do ano passado, próximo a sua casa, no Jardim Maria Eugênia, zona norte de Sorocaba no estado de São Paulo.

O garoto – que não costuma sair de casa – acompanhou o irmão Wellington Christian Costa, 15, até uma viela. Enquanto Wellington soltava  pipa com linha pura, Matheus permaneceu ao seu lado. “Um dos meninos usava cerol e a linha dele enroscou no pescoço do meu menino”, conta Roseli, dizendo ainda que levou o menino ao posto de saúde, onde ele foi medicado e liberado.

Ainda receoso com o incidente, Matheus declara que não teve medo, mas ficou assustado com a dor que o corte lhe causou. “Não saiu sangue. Apesar disso, ainda gosto de pipas.”

Para a mãe, o trauma daquele momento jamais irá sair da memória. “Só a ideia da morte de um filho traumatiza. Naquele dia fiquei sem comer e mal dormi”, afirma Roseli. “O que passei por causa de uma linha de pipa não desejo para ninguém”, complementa.


Prevenção

Com a aprovação desta lei serão abertos espaços para orientação a respeito do assunto nas escolas, inclusive alguns pais fazem cerol para o filho usar sem ter a mínima noção do risco de vida que seu filho poderá estar correndo. O importante é que com as palestras acreditamos que poucos vão voltar a utilizar a linha cortante.

Maiores vítimas

De acordo com a Abram (Associação Brasileira de Motociclistas), os motociclistas são as principais vítimas das linhas cortantes. “Estimamos que ocorra no Brasil mais de 5 mil acidentes envolvendo pipas anualmente”, revela Lucas Pimentel, fundador da instituição que também conscientiza o motociclista sobre os perigos da linha de pipa.“Do total de acidentes, ao menos cem são gravíssimos e deixam algum tipo de sequela. Por isso também trabalhamos para conscientizar a população a respeitar a vida”, conclui.

O vereador Iguaçuense

O vereador Paulo Rocha (PSB) relatou que estava perto de sua casa, em um campinho de futebol e ao observar várias crianças e adolescente soltando pipas, algo lhe chamou a atenção, quase todas as pipas que estavam no ar,tinham cerol em suas linhas e acreditem algumas com linha Chilena que em pesquisas na internet descobrimos que é uma linha muito perigosa. Pensando nisto o legislador iguaçuense elaborou um projeto de lei que proíbe o uso de cerol ou de qualquer outro tipo de material cortante nas linhas de pipas, papagaios, pandorgas e de semelhantes artefatos lúdicos, para recreação ou com finalidade publicitária, em áreas públicas e comuns no município de Foz do Iguaçu”.

Justificativa

Paulo Rocha justifica que o presente projeto de lei visa proibir a utilização de cerol ou de qualquer tipo de material cortante nas linhas de pipas em Foz do Iguaçu, ante o enorme perigo à vida das pessoas, vítimas de acidentes com referido material.
A diversão infantil de soltar pipas, deixou de ser inocente quando as pessoas passaram a utilizar o cerol nas linhas dos brinquedos, o que passou a ocasionar inú­meros acidentes fatais, principalmente após a difusão da utilização de motocicletas para o transporte de correspon­dências, passageiros, documentos e entregas em geral.
Não se pode admitir que hoje em dia, com toda a informação disponível, as pessoas ignorem o incalculável perigo que o uso do cerol em linhas de pipas, papagaios e similares traz à vida das pessoas, logo o Poder Público, tem o dever de atuar repressivamente nesta questão, a fim de manter a paz social.
 

 Matéria Jornalista Marcos Cardoso 

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