terça-feira, 8 de outubro de 2013

Troca-troca de partidos nos Estados e no DF atinge 13% dos deputados

A temporada de trocas de partidos terminou no sábado passado (5) com a mudança de 139 deputados estaduais e distritais, que se filiaram às legendas pelas quais pretendem disputar as eleições de 2014.

O número representa 13% dos 1.059 integrantes dos Legislativos nos Estados e no Distrito Federal.
Os recém-criados Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e Solidariedade (SDD) foram os que mais atraíram deputados, com 32 e 21 filiações, respectivamente. Quem chega a um novo partido não corre o risco de cassação por infidelidade partidária.
A exemplo do Congresso Nacional, nos Estados as trocas foram motivadas por divergências com os partidos de origem e pela expectativa de ocupar cargos de maior destaque nas novas siglas.
Apesar do risco de perda do mandato, 85 deputados se filiaram a um partido antigo. Para tentar escapar da cassação, muitos deles afirmam que foram alvo de discriminação pessoal e que houve justa causa para a saída.
É o caso do deputado estadual Rogério Nogueira, de São Paulo, que trocou o PDT pelo DEM. Ele afirma ter sido perseguido pelo partido que integrava desde que seu irmão, o prefeito de Indaiatuba (SP), Reinaldo Nogueira, trocou o PDT pelo PMDB, levando também muitos aliados.
No início do ano, o deputado perdeu a liderança do PDT na Assembleia para o major Olímpio Gomes.
O PDT nega retaliação ou perseguição. Afirma que a substituição na liderança foi legítima e que vai pedir na Justiça o mandato de Rogério Nogueira.
Na maioria dos Estados, a dança das cadeiras não alterou o partido de maior bancada na Assembleia. São exceções Rio de Janeiro, Tocantins e Rio Grande do Norte.
No Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB), alvo de protestos desde junho, saiu fortalecido e conseguiu reunir a maior bancada na Alerj. O partido –que tinha 11 deputados estaduais, perdeu quatro, ganhou oito e ficou com 15– superou o PSD, que tinha 12 e ficou com nove.
No Tocantins, o novo Solidariedade já chegou como a maior bancada da Casa, com sete deputados, após articulação do governo tucano de Siqueira Campos. No Rio Grande do Norte, o Pros empata com o PMDB, com cinco representantes cada um.
O troca-troca também envolveu cinco presidentes dos Legislativos estaduais. Enquanto em Minas Gerais, no Ceará e no Tocantins as mudanças ocorreram na base governista, no Rio Grande do Norte e em Roraima os presidentes das Assembleias romperam com o governo do Estado e migraram para a oposição.
Com 21 baixas, o PSB foi o partido que mais perdeu deputados estaduais. Oito dessas mudanças ocorreram no Ceará, Estado do governador Cid Gomes, que anunciou na semana passada a saída do PSB, de Eduardo Campos, com destino ao Pros, levando também seu grupo político.
Os partidos de destino de Hélio Soares (ex-PP) e de Jalser Renier (ex-DEM) não foram informados pelas Assembleias Legislativas do Maranhão e de Roraima.

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